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Número 6 / setembro a dezembro de 2019 |
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Na Soguima,
a tradição ainda é o que era. Com 30 anos de existência e localizada perto de Guimarães, a Soguima é mais do que uma empresa de sucesso na transformação e comercialização de produtos de pesca.
Para conhecer melhor esta empresa, conversámos com Emanuel Guimarães, Diretor de Operações.
“A Soguima foi fundada em 1989 pelos irmãos Manuel e António Guimarães. Nos primeiros 15 anos detinha um portefólio diversificado mas, desde então, apostou na especialização de alguns produtos da pesca. O bacalhau, o polvo e os pré-cozinhados representam atualmente 95% do peso das vendas, sendo o bacalhau o best seller da empresa.”
Para além da Reymar Bacalhau, a Soguima detem ainda a Vegann (pré-cozinhados vegan), a Reymar (pré-cozinhados) e a Miminho (sobremesas) e mais 20 marcas registadas nos 30 mercados onde opera.
Para atingir estes resultados, a Soguima teve o apoio do programa Mar 2020, para a inovação produtiva, a diversificação de produtos e novos mercados, a competitividade e a internacionalização, num valor total de 1.686.939,50 €.
Emanuel Guimarães sublinha que “os fundos da União Europeia foram um dos catalisadores da modernização da empresa. E não apenas das linhas de produção, através da simples aquisição de equipamentos com menores custos de operação e maior capacidade. Tivemos uma abordagem mais holística. Analisámos procedimentos, redefinimos layouts, melhorámos os fluxos produtivos e automatizámos alguns processos. Para além da espectável melhoria da produtividade, eficiência e rendibilidade, pretendemos paralelamente incrementar os patamares de qualidade e de segurança alimentar dos nossos produtos.” |
![]() Já pensou em malas, acessórios ou móveis que utilizam pele de peixe na sua produção? Na Soguima não há desperdício. Tendo em conta os princípios da economia circular e a quantidade de pele de peixe que passava pela fábrica da Soguima, decidiu-se tirar proveito deste subproduto.
Foi o aproveitamento de toda a matéria-prima que despertou a curiosidade de Daniel Guimarães, um dos responsáveis pelo departamento de Investigação e Desenvolvimento, juntamente com Emanuel Guimarães. “Peguei numa pele de bacalhau, coloquei-a num cartão e pus a secar. Ficou com uma consistência fantástica. Comecei, depois a hidratá-la e a corá-la e não perdia a cor”, descreve Daniel Guimarães.
A resistência, semelhante ao couro, foi testada e aprovada. Ao toque, a pele não é diferente da de uma cobra e o processo de curtume dá-lhe a consistência aveludada.
Daí à aplicação em móveis, cadeiras ou abat-jours, calçado, carteiras, cintos, óculos e todo o tipo acessórios de moda, foi um pequeno passo, com comercialização dentro e fora de Portugal. Com uma produção anual de 5.000 toneladas de produto embalado pronto a comercializar, uma faturação anual de 30 milhões de euros, dos quais 40% correspondem a exportações, 170 colaboradores e presença em mais de 30 mercados, a Soguima pretende “aumentar o volume de faturação em, pelo menos, 50% durante os próximos cinco anos, alavancado no crescimento das principais marcas, tanto no mercado nacional como nos mercados de exportação”, diz-nos Emanuel Guimarães. “Embora o foco dos próximos dois anos vá ser na estabilização das melhorias de eficiência e na aposta da estratégia de marketing, aumentando a notoriedade e o impacto das nossas principais marcas.”
Conheça os diversos produtos da Soguima e saiba mais sobre a sua atuação. |
A AD&C tem por missão coordenar os fundos da União Europeia e contribuir para o desenvolvimento regional.