A percentagem de pessoas em risco de pobreza em Portugal caiu para 17,3% em 2017, menos um ponto percentual do que no ano anterior.
Entre 2013 e 2017 a taxa de risco de pobreza reduziu-se dois pontos percentuais, o que significa que 253 mil saíram do risco de pobreza monetária nos últimos quatro anos.
Os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, recentemente confirmados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam uma melhoria das condições de vida e rendimento da população portuguesa a partir de 2015, corroborando a evolução positiva da situação económica e social nos anos mais recentes, assente na devolução de rendimentos, na diminuição do desemprego e crescimento do emprego, na valorização dos salários e no aumento da proteção social.
Recuando aos últimos dez anos, a população em risco de pobreza ou exclusão social diminuiu em 2018 face a 2008, em cerca de 534 mil pessoas.
Olhando para a distribuição de rendimentos, depois do período de agravamento da desigualdade vivido entre 2009 e 2013, Portugal iniciou em 2014 uma trajetória de redução dessa dissimetria, tendo alcançado em 2017 os valores mais positivos registados desde 2003.
Assim, a relação entre os rendimentos dos 10% de portugueses mais ricos e os 10% mais pobres reduziu-se de 11,1 em 2013 para 8,7 em 2017 (valores que representam, aliás, uma revisão em baixa de 0,2 pontos face ao valor provisório publicado pelo INE em novembro de 2018). Da mesma forma, a relação entre os rendimentos dos dois milhões de portugueses mais ricos e os dois milhões mais pobres desceu de 6,2 no mesmo período (menos 0,1 ponto face aos valores provisórios de novembro do ano passado).
Trata-se do reflexo da estratégia prosseguida pelo Governo através da implementação de medidas que têm contribuído para a redução das desigualdade e do risco de pobreza (tais como, a valorização real das pensões, o reforço do Complemento Solidário para Idosos, o aumento do abono de família, a redução do desemprego, bem como o aumento da cobertura de prestações de desemprego, o combate à precariedade laboral, a valorização dos salários, em particular o salário mínimo nacional, e a dinamização da contratação coletiva).
Fonte: INE / Portal do Governo