A Comissão Europeia já publicou a segunda edição do Observatório das Cidades Culturais e Criativas, um instrumento que visa avaliar e reforçar o potencial criativo e cultural das cidades europeias e que é crucial para promover o crescimento económico e a coesão social.
Após o êxito da primeira edição, em 2017, a nova edição apresenta um retrato atualizado da riqueza cultural e criativa da Europa, com uma amostra alargada de 190 cidades de 30 países diferentes, incluindo a Noruega e a Suíça. Abrangendo sete cidades portuguesas: Braga, Coimbra, Faro, Guimarães, Lisboa, Porto e Sintra.
O Observatório foi criado pelo Centro Comum de Investigação, o serviço científico e de conhecimento da Comissão, e é acompanhado de uma nova ferramenta em linha que permite às cidades acrescentarem os seus próprios dados para aprofundar a cobertura e a avaliação comparativa.
Saiba quais são principais conclusões da segunda edição
- Paris (França), Copenhaga (Dinamarca), Florença (Itália) e Lund (Suécia) lideram os respetivos grupos de população, sendo que Lund se estreia entre as cidades de topo, comparativamente com a edição de 2017.
- O emprego nos setores culturais e criativos tem vindo a crescer, em especial nas cidades do Norte e do Leste da Europa, que apresentam taxas de crescimento médias anuais de cerca de 12 %: Budapeste (Hungria), Taline (Estónia), Vilnius (Lituânia), Cracóvia e Wroclaw (Polónia), e Tartu (Estónia).
- A Europa do Norte tem o melhor desempenho macrorregional. A Europa Ocidental lidera a lista do “dinamismo cultural”, seguida de muito perto pela Europa Setentrional e Meridional. A Europa Ocidental figura igualmente no topo da lista «economia criativa», seguida de perto pela Europa do Norte. As melhores dinâmicas de criação de emprego encontram-se nas cidades da Europa do Norte e do Leste.
- Na amostra de cidades analisadas, os espaços culturais situam-se geralmente a menos de 30 minutos a pé (5 minutos de bicicleta) do domicílio dos interessados, sendo facilmente acessíveis por transportes públicos.
- Os futuros fundos da política de coesão da UE podem continuar a apoiar a convergência socioeconómica e a coesão territorial, privilegiando os postos de trabalho criativos e a inovação, as ligações de transporte e a boa governação, áreas em que subsistem as lacunas mais graves.
- As cidades mais criativas e culturais são igualmente as mais prósperas: existe uma ligação positiva e estreita entre os resultados obtidos no Índice das Cidades Culturais e Criativas e os níveis de rendimento das cidades.
Fonte: CE/MC