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“Instrumentos Financeiros ao serviço da Estratégia” afirma Duarte Rodrigues

Mar 17, 2021 | Notícias

Organizado pela PwC e pelo Jornal Económico, o webinar sobre “Fundos Europeus” teve lugar esta tarde, das 15h00 às 17h30, na plataforma multimédia JE TV em www.jornaleconomico.pt.

 

Após a Nota de Boas Vindas de António Correia, Presidente, PwC e de Filipe Alves, Diretor, Jornal Económico, o Ministro do Planeamento, Nelson de Souza na Abertura, sublinhou a natureza do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), um plano de reformas que visam corrigir défices estruturais, previamente identificados, principalmente no âmbito do processo do Semestre Europeu.

 

Afirmando que estas reformas exigem medidas institucionais que devem constar como compromissos do PRR e requerem, na generalidade dos casos, investimentos que são financiados pelo Programa.

 

Imagem Ministro do Planeamento 17 março 2021

 

O Ministro do Planeamento referiu ainda que o PRR deve ser visto como um instrumento muito relevante em termos de investimento na economia e nas empresas, em complementaridade com outros importantes instrumentos, apresentando um quadro síntese de incentivos às empresas no período de 2021-2027.

 

Imagem Síntese Instrumentos Financeiros 2021-2027 - 17 março 2021

 

Por último, Nelson de Souza salientou que estamos todos convocados para ultrapassar as dificuldades mais imediatas, mas também devemos estar preparados para agendas mais estruturais, de longo prazo, que contribuam de forma substancial para uma recuperação sustentável do país.

 

Imagem Pedro Deus - QFP 2021-2027 - 17 março 2021

 

 

Pedro Deus, Global Incentives Solutions Partner da PwC apresentou o tema “Incentivos Financeiros beyond 2020”, destacando neste enquadramento, as componentes relevantes para as empresas: investimento em inovação, descarbonização da indústria e empresas 4.0.

 

“Quando é que as verbas chegam ao terreno?” foi a questão-chave identificada por Pedro Deus que referiu que o importante é que “as empresas estejam preparadas já”, organizadas para dar resposta à procura acrescida, pois vamos entrar num período de forte expansão orçamental, com investimento público e privado a nível nacional, europeu e mundial.

 

 

Imagem Painel de Debate 17 março 2021

 

 

Moderado por Filipe Alves, Diretor do Jornal Económico, o painel de debate, muito dinâmico, centrou-se nos temas:

 

  • Quando chega a “bazuca” europeia? E será suficiente?
  • A forma como os fundos são distribuídos e canalizados para a economia real é eficiente? O que se poderia melhorar?
  • Portugal terá projetos de qualidade em número suficiente para poder aproveitar todo o potencial destes apoios, tendo em conta a experiência dos últimos anos?

 

 

Imagem Duarte Rodrigues 17 março 2021

 

“Instrumentos Financeiros ao serviço da Estratégia”, é o mais importante para o Vice-Presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, IP (AD&C), Duarte Rodrigues que salientou a Resolução do Conselho de Ministros n.º 98/2020 que aprovou a Estratégia Portugal 2030, enquanto “guia para a próxima década”.

 

Destacou que é fundamental “olhar para os montantes em perspetiva”, diferenciando as respostas de emergência (como o Programa APOIAR) das respostas e políticas consistentes de longo prazo, como a alteração da estrutura produtiva.

 

Por outro lado, afirmou que é preciso “fazer escolhas, ser seletivo, ter impacto”, discutir os resultados e a maturidade dos projetos, referindo que o PRR baseia-se nas “realizações e resultados”, fomentar uma cultura de debate e participação pública que dê resposta a uma sociedade cada vez mais exigente, no que respeita à transparência.

 

Duarte Rodrigues evidenciou a importância das abordagens coletivas (como estabelecer parcerias e atuar em rede) e das fusões/concentrações, que são fundamentais para o “triângulo” da Investigação, Inovação e Internacionalização das empresas, apontando o setor do calçado como exemplo na transferência de conhecimento, design e internacionalização.

 

O Vice-Presidente da AD&C destacou também os dois pilares de intervenção da Agência: a coordenação dos Fundos da União Europeia e a Política de Desenvolvimento Regional, relevando que é essencial “fazer o que é preciso, em cada território”, atendendo às especificidades.

 

O PRR contribui para a coesão territorial”, ao prever investimentos nacionais, sendo por isso considerado uma “Política de Coesão de âmbito nacional”, enquanto a Política de Coesão é marcadamente regional.

 

Para finalizar, Duarte Rodrigues apontou os seguintes tópicos que podem fazer a diferença no futuro:

 

  • Estratégia Comum,
  • Governance eficaz e comprometida,
  • Execução eficiente e simplificada (que cumpra os requisitos legais, as regras e a previsibilidade e seja flexível e exponenciada pela tecnologia e pela interoperabilidade, indicando como boa prática, o Balcão Único),
  • Monitorização e Avaliação dos Resultados.

 

Imagem Nuno Mangas 17 março 2021

 

 

Nuno Mangas, Presidente do Compete 2020 salientou que os instrumentos financeiros devem ser encarados de uma forma integrada.

 

Destacou a taxa de execução a nível global dos sistemas de incentivos às empresas, que em 2020, era de 68%, estimando que no final de 2021, possa estar acima dos 80%.

 

No contexto da discussão recorrente da simplificação dos processos, o Presidente do Compete 2020 destacou o bom exemplo de flexibilidade do Programa APOIAR, que apostou na simplificação dos formulários e em tempos de resposta mais curtos.

 

Imagem António Saraiva 17 março 2021

 

 

António Saraiva, Presidente da CIP destacou que na sua perspetiva “as empresas portuguesas estão preparadas” para os desafios atuais e para os que se avizinham e que o mais importante, no contexto do PRR, é garantir uma distribuição mais equilibrada entre o setor público e as empresas, porque “todos queremos pôr Portugal a crescer”.

 

Imagem Ana Coelho 17 março 2021

 

Ana Isabel Coelho, Vogal do IEFP – Instituto do Emprego e da Formação Profissional mencionou que o PRR responde a três grandes défices estruturais nacionais: qualificação dos Portugueses, a competitividade das empresas e a coesão social e territorial.

 

Na sua opinião, é necessária uma organização coletiva – Estado, Empresas e Cidadãos – que passa pela aposta na formação de ativos empregados e desempregados e jovens, em áreas emergentes, como a área digital.

 

 

Se não teve oportunidade de assistir em direto, veja a gravação do webinar na plataforma multimédia JE TV em www.jornaleconomico.pt

 

Fonte: AD&C/Jornal Económico/PwC/MC