Foi publicado pela Comissão Europeia um novo inquérito Eurobarómetro que ilustra as expectativas dos europeus em relação às eleições europeias de maio de 2019 e o que os motiva a votar.
Mostra também que a maioria dos cidadãos da União Europeia estão preocupados com o facto de as campanhas de desinformação, as violações de dados e os ciberataques poderem interferir nos processos eleitorais. Consulte a ficha relativa a Portugal.
O que os europeus querem antes das eleições europeias
Nas eleições europeias de 2014, foram às urnas 42% dos europeus.
Os números agora publicados indicam o que poderia levar mais europeus a votar:
- 43 % dos inquiridos gostariam de receber mais informações sobre a UE e o seu impacto na sua vida quotidiana;
- 31 % querem que mais jovens se apresentem como candidatos.
A Comissão Juncker tem vindo a trabalhar ativamente para aproximar a UE dos seus cidadãos. Desde o início do mandato, os comissários europeus foram até junto dos cidadãos e participaram em mais de um milhar de diálogos com os cidadãos.
A Comissão lançou várias campanhas, incluindo as campanhas EU Protects e EU and Me, que chega às gerações mais jovens. Antes das eleições, a Comissão Europeia, juntamente com o Parlamento Europeu, realizará campanhas de sensibilização para mobilizar os cidadãos.
Preocupações relacionadas com as eleições
Os números apresentados mostram que os europeus estão preocupados com a interferência nas eleições:
- 61 % temem que as eleições possam ser manipuladas através de ciberataques,
- 59 % temem que intervenientes externos e grupos criminosos influenciem as eleições,
- 67 % temem que os dados pessoais deixados em linha possam ser utilizados para delimitar as mensagens políticas a que têm acesso.
Mas, na sua esmagadora maioria, os europeus concordam (74-81 %) sobre a forma de fazer face a estas ameaças, através da:
- Introdução de uma maior transparência nas plataformas das redes sociais, incluindo a indicação clara de quem está por detrás da publicidade em linha;
- Igualdade de oportunidades dada a todos os partidos políticos de utilizarem os serviços em linha para a campanha eleitoral;
- Concessão do direito de resposta aos candidatos ou aos partidos políticos nas redes sociais;
- Aplicação nas plataformas em linha das regras de silêncio já existentes para os meios de comunicação social tradicionais.
Fazer face aos desafios
Em setembro, a Comissão Europeia apresentou um conjunto de medidas concretas para garantir que as eleições para o Parlamento Europeu do próximo ano são organizadas de forma livre, justa e segura. As medidas incluem uma maior transparência na publicidade de teor político em linha e a possibilidade de impor sanções pela utilização ilegal de dados pessoais com o objetivo de influenciar deliberadamente o resultado das eleições europeias.
Assim como a criação de uma rede europeia de cooperação eleitoral, que se reunirá pela primeira vez em janeiro de 2019.
No que diz respeito à desinformação, as principais empresas tecnológicas já assinaram o código de conduta sobre desinformação que contribuirá para uma maior transparência na publicidade de teor político patrocinada em linha. A Comissão Europeia e o Serviço Europeu para a Ação Externa estão a finalizar um plano de ação comum relativo à desinformação para uma resposta coordenada a nível da União e dos Estados-Membros para fazer face à ameaça da desinformação.
O colóquio anual sobre os direitos fundamentais de 2018 reuniu nos dias 26 e 27 de novembro, políticos, investigadores, jornalistas, ONG e ativistas para debater como tornar as democracias da UE mais resilientes e inclusivas, como apoiar a sociedade civil e assegurar melhor eleições livres e justas.
Fonte: CE