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Conferência “Coesão e Futuro da UE” debateu alargamento da UE e estratégias de desenvolvimento das regiões

Jan 12, 2024 | Comissão Europeia, Notícias

A Representação da Comissão Europeia e o Expresso realizaram a Conferência “Coesão e Futuro da UE”, a 9 de Janeiro, com a participação da Comissária Europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.

No evento foi debatido o alargamento da União Europeia e as estratégias de desenvolvimento das diferentes regiões europeias, e uma das grandes conclusões é que os desafios da coesão passam por perceber o que cada país pode fazer para evitar a estagnação em algumas regiões, e travar desvios populistas, uma vez que o risco de erosão da democracia é real.

Na Conferência, Elisa Ferreira usou a expressão “geography of discontent” [geografia do descontentamento], que reflete as desigualdades sociais e de acesso a serviços essenciais, como a saúde e a educação, em diferentes latitudes da Europa a armadilha do desenvolvimento regional assimétrico que gera insatisfação das populações e está na génese do euroceticismo e de fenómenos populistas.

“A política de coesão precisa de perceber de que modo pode ser mais eficaz e combater esses fenómenos que começam a grassar na Europa”, assumiu a comissária europeia da Coesão e Reformas.

A dirigente frisou, no entanto, que os países não devem ser dependentes de fundos europeus: “Não podem ser droga, devem ser investimento. Não é um apoio de rotina, é um apoio estratégico para dar apoio grande às vantagens competitivas que temos. Uma delas é a mão de obra qualificada”, disse, referindo-se a Portugal.

Dar valor à economia tirando partido da ciência e da ligação às universidades (trabalhando com energias limpas) ou melhorar a gestão e o funcionalismo público foram alguns dos caminhos apontados num país com perda de população, enormes assimetrias entre litoral e interior, custos imobiliários “extraordinários”, dependência do turismo e salários baixos.

“Deve ser motivo de reflexão em toda a Europa como usar esta oportunidade excecional de financiamento para transformar os países que estão em regiões de estagnação em regiões prósperas”, referiu a comissária.

E reconheceu que a Europa enfrenta grandes desafios futuros, colocando à cabeça o risco de erosão dos regimes democráticos: “2024 vai ser um ano de grandes decisões. Metade da população mundial vai a votos e o que sairá daqui pode ser muito diferente do que estamos habituados.”

A conferência “Coesão e Futuro da UE”, que contou com o apoio da Comissão Europeia, foi mais um debate inserido nas comemorações do 50º aniversário do Expresso, que tem realizado várias pelo país.

Se for assinante, consulte o artigo na íntegra na edição do Expresso de hoje, 12 de janeiro.

 

Fonte: Expresso