O objetivo deste estudo é perceber o percurso efetuado pela população adulta residente em Portugal e posicionar o país no contexto mais vasto da União Europeia no que respeita à participação em aprendizagem ao longo da vida, educação formal e não formal, aprendizagem informal e ao conhecimento de línguas.
O que se alterou em dez anos em termos da participação da população adulta em educação e formação e que grupos populacionais mais contribuíram para as mudanças identificadas? Que alterações ocorreram no conhecimento de línguas estrangeiras? Que impactos têm a educação e formação na vida das pessoas, designadamente no seu rendimento? Quais os efeitos da escolaridade dos pais na trajetória de educação dos filhos? Estas são algumas das questões que orientam a análise dos resultados.
Alguns resultados
- Na década 2007-2016, a taxa de participação em atividades de aprendizagem ao longo da vida (ALV) aumentou cerca de 20 pontos percentuais (p.p.), passando de 30,9% para 50,2% e abrangendo 2,1 e 3,2 milhões de pessoas, respetivamente. Este aumento ficou a dever-se sobretudo à participação em educação não formal, que duplicou entre 2007 e 2016 (passou de 23,1% para 45,2%).
- As atividades de educação não formal foram maioritariamente relacionadas com a atividade profissional.
- A participação da população adulta em atividades de aprendizagem informal generalizou-se, tendo mais do que duplicado na década em análise (passou de 40,8% para 89,4%).
- Em 2016, mais de 70% da população adulta conhecia pelo menos uma língua estrangeira, tendo esta proporção aumentado 19,8 p.p. face a 2007. O inglês era a língua estrangeira mais conhecida.
- Os prémios salariais são crescentes com o nível de escolaridade, mas menores em 2016 do que em 2011.
- A associação entre o nível de escolaridade dos pais e dos filhos – transmissão intergeracional da educação – é particularmente forte no caso das mães.
Sobre o Estudo
O Inquérito à Educação e Formação de Adultos (IEFA) é uma operação estatística realizada em todos os Estados-Membros da União Europeia (UE-28) e teve a sua terceira edição em 2016, na sequência das edições de 2007 e 2011.
O carácter estrutural dos seus resultados e a sua relevância no contexto da definição de medidas de políticas públicas justificam o aprofundamento de uma análise temporal para a década 2007-2016 para o âmbito etário comum (população com idade dos 18 aos 64 anos), bem como com outros países da UE-28.
Consulte o estudo e a infografia divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Mais informações disponíveis no website do INE.
Fonte: INE