Conheça a publicação Estado da Educação 2016 recentemente divulgada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
À semelhança das edições anteriores, o Estado da Educação 2016 apresenta indicadores de referência sobre diferentes domínios do sistema educativo português.
O relatório conta igualmente com uma introdução, assinada pela Presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Emília Santos e termina com dez artigos de investigação.
O que se destaca deste relatório:
- A quebra significativa do número de alunos do ensino básico que se verifica, no setor público, especialmente no 1.º ciclo de ensino básico (CEB) não deverá ser contrariada antes de 2020.
- O decréscimo acentuado da população residente em Portugal, nos últimos anos, perspetiva uma redução média anual do afluxo de novos alunos ao 1.º CEB.
- A diminuição da população escolar e a sua localização maioritária no litoral permitem antever um impacto na organização da rede escolar dos ensinos básico e secundário (público e privado) que merece reflexão.
- Salienta-se, no entanto, o aumento do número de vagas para o acesso ao ensino superior e da percentagem de vagas preenchidas, em 2015/2016.
- No que se refere à frequência dos ensinos básico e secundário, destaca-se a subida para 14% em 2016 da taxa de abandono precoce da educação e formação que apresentava uma tendência de diminuição, situando-se agora a 4 pp da meta europeia definida para 2020 (10%).
- Apesar de se observar uma redução nas taxas de retenção e desistência no ensino regular na maioria dos anos de escolaridade, subsiste um desfasamento entre a “idade normal” de frequência de cada ano, que se adensa à medida que se avança no nível de ensino, consequência do elevado nível de retenção que ainda se observa.
- Os resultados nas avaliações internacionais do final do primeiro ciclo (TIMMS – Trends in International Mathematics and Science Study) e aos 15 anos (PISA – Programme for International Student Assessment) têm revelado claras melhorias nas aprendizagens dos alunos portugueses. Estes estudos realçam também o aumento da percentagem de escolas portuguesas inseridas em meios socioeconómicos desfavorecidos capazes de mitigar a desvantagem dos alunos.
- Os docentes portugueses são muito qualificados na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário, embora sintam que são pouco reconhecidos e respeitados na sua profissão. Uma das questões mais preocupantes, quando se analisam os dados relativos ao ensino superior e não superior, é a elevada percentagem de docentes com idade igual e superior a 50 anos que irá retirar-se do sistema nos próximos anos.
- No que concerne ao financiamento, assinala-se em 2016 um ligeiro aumento da despesa global do Estado em educação em percentagem do PIB, relativamente ao ano anterior.
Fonte: CNE