Maria Luís Albuquerque já foi nomeada como comissária europeia para os Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento, de acordo com o anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Ursula von der Leyen, apresentou o elenco e o organograma do próximo executivo comunitário aos líderes dos grupos políticos do Parlamento Europeu, referindo que “Maria Luís Albuquerque será a comissária europeia para os Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento e isso será vital para completar a nossa União do Mercado de Capitais e para aumentar as nossas poupanças e o nosso investimento”.
Destacando a “vasta experiência” como ministra das Finanças, por um lado, e a “enorme experiência no sector privado”, por outro, a presidente da Comissão Europeia entende que Maria Luís Albuquerque “será excelente” na pasta que lhe foi atribuída.
Enquanto Comissária, Maria Luís Albuquerque fica incumbida de “desbloquear o montante substancial de investimento privado necessário, salvaguardando simultaneamente a estabilidade financeira, garantir um melhor acesso ao financiamento por parte das empresas da UE, e criar melhores oportunidades para os cidadãos melhorarem a sua própria segurança financeira, em conformidade com a nossa ambição de ser uma Comissão de Investimento”.
Nesse sentido, a equipa de Albuquerque terá a tarefa de combater a fragmentação dos mercados de capitais, contribuindo para a conceção de produtos de poupança e investimento simples e de baixo custo a nível da UE, acompanhada de uma avaliação da viabilidade de incentivos fiscais para os mesmos.
O NOVO EXECUTIVO DA COMISSÃO EUROPEIA
Na apresentação da sua nova equipa, Ursula von der Leyen, no seu segundo mandato, fez questão de sublinhar que há 11 mulheres no colégio de 27 comissários, algo para o qual disse que foi preciso “trabalhar intensamente” porque inicialmente, as nomeações dos Estados-membros representavam uma quota de “apenas 22%” de mulheres. Seja como for, o futuro executivo fica com 40% de mulheres, um valor aquém da paridade prometida.
Para compensar, das seis vice-presidências executivas, quatro são para mulheres. Entre elas, a socialista espanhola Teresa Ribera, especialista do clima, fica com a pasta da Transição Ecológica; a finlandesa Henna Virkkunen fica com a Soberania Tecnológica; a ex-primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, deverá ser a próxima chefe da diplomacia da União Europeia e a romena Roxana Minzatu fica com a pasta das Populações e Competências.
Ainda numa vice-presidência executiva fica o ministro francês demissionário dos Negócios Estrangeiros, Stéphane Séjourné, com a pasta da Estratégia Industrial. A nomeação mais polémica para uma vice-presidência, à qual se opõe a esquerda e o centro, é a do italiano Raffaele Fitto, membro do governo de extrema-direita de Giorgia Meloni e a quem foi atribuída a pasta da Coesão e Reformas. Da Lituânia, Andrius Kubilius foi nomeado para a Defesa e o Espaço, uma nova pasta criada por Ursula von der Leyen para enfrentar a ameaça russa e a guerra na Ucrânia. A antiga ministra portuguesa das Finanças, Maria Luís Albuquerque, fica com a pasta dos Serviços Financeiros e União da Poupança e Investimento, descrita pela presidente como “vital para completar a União do Mercado de Capitais” e, assim, enfrentar concorrentes como os Estados Unidos e a China.
Fonte: Lusa/JE/Público