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Os Cidadãos da União Europeia e a Cooperação para o Desenvolvimento

Out 1, 2018 | Notícias

Conheça os resultados do Eurobarómetro Especial 476 que analisou, em junho e julho de 2018, a importância e atitudes dos europeus em relação à ajuda e cooperação para o desenvolvimento, tendo em conta os seguintes aspetos:

 

  • Benefícios da ajuda e cooperação para o desenvolvimento;
  • Compreender os desafios e prioridades;
  • Fontes de informação relacionadas com questões de desenvolvimento;
  • Compromisso e envolvimento pessoal com o desenvolvimento.

 

Aceda à ficha relativa a Portugal que apresenta os destaques das conclusões das entrevistas realizadas a nível nacional.

 

Embora, desde 2016, os entrevistados em Portugal tenham uma atitude cada vez mais positiva sobre a ajuda aos países em desenvolvimento, estão muito menos propensos a envolver-se pessoalmente. Por exemplo, quase três quartos (73%) e mais do que metade (57%) pensa que esta deve ser uma das principais prioridades do governo nacional. Quase todos os entrevistados (95%) em Portugal concordam que é importante ajudar os habitantes dos países em desenvolvimento.

 

Mais de nove em cada dez entrevistados (94%) em Portugal consideram que as empresas privadas devem desempenhar um papel importante no desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento. Trata-se da maior percentagem na UE.

 

Desde 2016, houve um aumento de cinco pontos na percentagem de entrevistados em Portugal que consideram que o apoio financeiro aos países em desenvolvimento é uma forma eficaz de dar resposta às migrações irregulares (agora 80%).

 

Mais de oito em cada dez entrevistados (83%) em Portugal dizem que o apoio financeiro aos países em desenvolvimento é uma maneira eficaz de combater a pobreza, a terceira maior percentagem na UE. Também estão entre os que têm maior probabilidade de considerá-lo uma obrigação moral para a UE (87%). A maioria considera que a despesa na ajuda financeira aos países em desenvolvimento deve continuar nos níveis atuais (52%) ou aumentar (25%). Apenas 8% dizem que deve diminuir.

 

Quase todos os entrevistados (97%) em Portugal consideram que a política de desenvolvimento da UE também deve centrar-se na igualdade entre mulheres e homens – a maior percentagem em qualquer país. Estes entrevistados consideram que as áreas prioritárias devem ser combater a violência contra mulheres e raparigas (84%), combater atitudes discriminatórios em relação às mulheres (76%) e apoiar o acesso à educação para mulheres e raparigas (48%). Os entrevistados em Portugal estão entre os mais prováveis de mencionar o combate à violência ou atitudes discriminatórias.

 

No entanto, no que toca ao papel do indivíduo, os entrevistados em Portugal estão atualmente menos otimistas. Houve um declínio de 13 pontos na percentagem de entrevistados que concordam com a ideia de que, enquanto indivíduos, podem desempenhar um papel no combate à pobreza (agora 50%) – o maior declínio observado em qualquer país. Mais de três quartos (79%) dizem que não estão pessoalmente envolvidos na prestação de ajuda às pessoas nos países em desenvolvimento – um aumento de 22 pontos desde 2016 e o maior observado em qualquer país. Houve um declínio de 13 pontos na percentagem de indivíduos que dão dinheiro a organizações (agora 10%). Mais uma vez, este é o maior declínio observado, igual ao verificado na Finlândia.

 

Os entrevistados em Portugal têm maior propensão a obter informações sobre ajuda ao desenvolvimento através da televisão (73%), de familiares, amigos ou colegas (29%) ou das redes sociais online (27%).

Fonte: Eurobarómetro Especial 476