Como será Portugal no pós-pandemia? Como é que as organizações se deverão preparar para fazer face a esta crise mundial e saírem mais fortes e resilientes?
Para responder a estas questões, a Deloitte desenvolveu o Portugal 20/21 – Reshaping the Future, um contributo para a reflexão das organizações, em particular, e da sociedade portuguesa, como um todo, procurando respostas para um ambiente adverso e de acelerada transformação e para o futuro que a todos é comum.
Antecipar o Futuro: Tendências
A Deloitte identifica seis tendências de evolução de mercado que guiarão o funcionamento da sociedade no médio/longo prazo:
- Lower touch economy
A pandemia, ao restringir o contato físico entre pessoas, desencadeou alterações significativas no tecido empresarial, tendo como consequências a aceleração de tendências como a adoção e desenvolvimento de canais ecommerce, a digitalização das customer operations e a redução da mobilidade e utilização de espaços físicos.
- Government strikes back
A atual crise exigirá uma elevada intervenção do Estado na economia, que assume o papel de dinamizador e impulsionador da atividade económica e do tecido empresarial, quer por via de investimento público como por via de regulação e ação política que potenciem os setores considerados prioritários para a recuperação.
- Return of the “90’s”
A pandemia reduziu o rendimento disponível que, aliada à incerteza generalizada, impactou negativamente o consumo em vários setores, principalmente os associados a bens ou serviços supérfluos, voltando a emergir tendências como o Do It Yourself. Prevê-se que esta queda na procura provoque uma pressão generalizada sobre os preços.
- Back to local
A realidade atual causou um arrefecimento na dinâmica do comércio global, fazendo disparar a procura por produtos e serviços nacionais e, por uma questão de resiliência e gestão de risco, a adoção de supply chains mais próximas/locais.
- Phygital workforce
Uma consequência muito visível da pandemia foi a transição para o trabalho remoto, que levou as organizações a acelerar a adoção de ferramentas colaborativas, a repensar/ reformular os seus regimes e espaços de trabalho. Emerge igualmente a gig economy e necessidade de ajustar as relações laborais entre partes.
- Embracing sustainability
Os governos centrais, locais e órgãos reguladores estão a tomar medidas que visam a aceleração da transição energética e a descarbonização, com a sociedade e os consumidores a valorizarem, ou mesmo exigirem, propósitos de marca e políticas/ práticas sustentáveis por parte das organizações.
Fonte: Deloitte/MC