Hoje no Dia Internacional da Mulher teve lugar o debate “Portugal Digital mais Igual – Iniciativas onde as mulheres (já) têm um lugar ativo“, organizado pelo Programa INCoDe.2030, em parceria com a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), a Estrutura de Missão Portugal Digital e o .PT.
Com esta iniciativa pretendeu-se trazer à discussão o papel da mulher no setor tecnológico, perceber quais as soluções para uma maior inclusão e de que forma atrair (ainda) mais mulheres para este setor.
A sessão de abertura foi presidida por Rosa Monteiro, Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade que destacou a aposta nas competências digitais das mulheres e a criação de melhores condições de conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional, alicerçadas em melhores respostas sociais.
A reflexão sobre o tema “Iniciativas onde as mulheres (já) têm um lugar ativo” foi conduzida por Luísa Ribeiro Lopes, Coordenadora do Eixo da Inclusão do Programa INCoDe.2030 e Presidente do .PT, e contou com a participação de Elisabete Macieira do MUDA – Movimento pela Utilização Digital Ativa, de Carla Sequeira da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, de Luís Neves da ENSICO – Associação para o Ensino da Computação, de Matilde Buisel do CDI Portugal e de Sandra Almeida da APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações que salientaram, no contexto do digital e das tecnologias, a necessidade de colocar as mulheres num lugar central.
Os diversos intervenientes partilharam experiências, focando-se nos projetos desenvolvidos pelas respetivas organizações, designadamente:
- EuSouDigital (MUDA)
- Emprego + Digital e Promova (CIP)
- Ensico
- Apps for Good (CDI Portugal)
- UPskill (APDC)
Vanda de Jesus, Diretora Executiva da Estrutura de Missão Portugal Digital louvou o papel das mulheres num Portugal Digital Mais Igual, refletindo sobre as conquistas realizadas e os desafios futuros no acesso e manutenção das mulheres em empregos na área digital.
Vanda de Jesus destacou a importância do Plano de Ação para a Transição Digital – Formar, Capacitar, Inovar sem deixar ninguém para trás – para o desenvolvimento económico e social do país.
Apelou ainda à aposta na capacitação digital, incentivando à participação de mais raparigas/mulheres para as TIC, impulsionando a evolução na diversidade e na igualdade.
A Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva evidenciou que “as mulheres estão na linha da frente mas não estão tão presentes na liderança”, salientando que as mulheres também são aptas para a ciência e a tecnologia.
Mariana Vieira da Silva destacou que é fundamental desconstruir preconceitos e estereótipos de género enraizados, convocando para este compromisso, toda a sociedade, homens e mulheres.
Referindo-se ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a Ministra realçou que é um Plano que “atua sobre fatores estruturantes de desigualdade” e que integra a perspetiva de género nas políticas públicas.
Fonte: AD&C/INCoDe.2030/MC