Foi hoje lançada pela Deloitte, em conjunto com o jornal Expresso, a iniciativa ReStart the Future – um ciclo de webinars dedicado aos domínios estratégicos: Resiliência, Transição Digital e Transição Climática do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português, bem como às oportunidades de recuperação, transformação e desenvolvimento para o país.
Dirigido a toda a comunidade empresarial, pública e privada, este fórum de debate e partilha de conhecimento conta com a participação de representantes máximos da sociedade civil, das organizações e do governo, e prevê quatro sessões online iniciais, às quais se seguirão outras setoriais e especializadas.
Nesta primeira sessão dedicada ao pilar “Resiliência”, para debater as grandes questões relacionadas com o potencial produtivo, o emprego e a competitividade nacional e perspetivar o impacto dos projetos prioritários já definidos na resposta aos efeitos da crise pandémica e seus atores estratégicos, Sérgio Oliveira, Partner e ReStart Center for Business Leader da Deloitte destacou que esta dimensão concentra 61% do montante global do PRR, refletindo a forte prioridade atribuída ao robustecimento da resiliência do país.
Na abertura da sessão, o Ministro do Planeamento, Nelson de Souza salientou que o PRR se encontra em consulta pública e reafirmou a sua convicção na forte capacidade de concretização, com qualidade, das verbas adicionais aos fundos estruturais tradicionais, ainda que representem um desafio acrescido em termos de gestão.
Nelson de Souza evidenciou que se trata de um Plano de Reformas alinhado com o Semestre Europeu (e as recomendações específicas para Portugal) e alinhado com as prioridades da União Europeia: transição climática e transformação digital, expressando ainda, a confiança nos efeitos que vai ter na melhoria da competitividade, da coesão económica e social, contribuindo para a convergência com a União Europeia.
As intervenções do painel de debate, moderado pela jornalista Rosa de Oliveira Pinto, destacaram que o PRR é um plano positivo e bem estruturado que representa uma grande oportunidade e por isso, deve ser bem aproveitado para melhorar a capacidade do tecido empresarial nacional e alavancar o desenvolvimento económico, social e territorial do país, envolvendo toda a sociedade.
Amílcar Falcão, Reitor da Universidade de Coimbra salientou que, no seu entender, a boa execução do PRR vai implicar descentralizar (aprofundar a proximidade), fiscalizar (promover auditorias sobre a aplicação dos fundos) e desburocratizar.
Miguel Eiras Antunes, Partner e Public Sector, Transportation, Automotive & Tourism Leader da Deloitte referiu que é necessário investir em antecipação e planeamento, “devemos estar preparados” e por isso começar cedo a planear e antecipar, garantir capacidade para estruturar projetos e acelerar a preparação dos dossiês, demonstrando capacidade para gerir e executar os projetos a tempo.
Apontou como grandes desafios para o setor público, a melhoria do processo de comunicação e divulgação, a aceleração do ciclo de análise dos projetos e a agilização na aprovação (rigor e simplificação), assim como, uma dimensão adequada das equipas.
António Saraiva, Presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) relevou que se trata de uma “oportunidade que não podemos perder” e que é preciso “saber fazer melhor”. Carlos Pina, Presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) colocou a ênfase na importância de investir no conhecimento, “criar conhecimento para aplicar”, assegurando a ligação entre o mundo académico, científico e empresarial.
Próximas sessões ReStart the Future | Inscreva-se aqui
- 25 de fevereiro, às 09:30 | Webinar “Transição Digital: Motor de transformação de Portugal”
- 5 de março, às 09:30 | Webinar “Transição Climática: Descarbonização da indústria e o papel das renováveis”
- 11 de março, às 09:30 | Webinar “Resiliência II: Progresso social e territorial”
Saiba mais, visitando o site da Deloitte.
Fonte: AD&C/Deloitte/MC