O novo Plano a 10 anos adotado pela Comissão Europeia, inclui uma proposta de recomendação do Conselho que visa apoiar os ciganos na União Europeia.
Este plano abrange sete domínios principais:
- igualdade,
- inclusão,
- participação,
- educação,
- emprego,
- saúde,
- habitação.
As novas metas definidas para cada domínio e as recomendações da Comissão aos Estados-Membros sobre a forma de as atingir são dois importantes instrumentos que servirão para acompanhar os progressos e garantir que a UE dá passos mais largos na prestação do apoio vital de que muitos ciganos que vivem na UE continuam a necessitar.
Embora o objetivo seja a igualdade plena, a Comissão propôs metas mínimas para 2030, partindo dos progressos realizados no âmbito do anterior quadro.
O objetivo é, nomeadamente:
- Reduzir para, pelo menos, metade a percentagem de ciganos com experiências de discriminação;
- Duplicar a percentagem de ciganos que apresentam queixa formal em caso de discriminação;
- Reduzir para, pelo menos, metade o fosso existente entre os ciganos e a população em geral no que respeita à pobreza;
- Reduzir para, pelo menos, metade as diferenças registadas no acesso à educação na primeira infância;
- Reduzir para, pelo menos, metade a percentagem de crianças ciganas que frequentam escolas primárias segregadas nos Estados-Membros com uma população cigana significativa;
- Reduzir para, pelo menos, metade o fosso existente no mercado de trabalho e as disparidades entre homens e mulheres no acesso ao emprego;
- Reduzir para, pelo menos, metade a diferença na esperança de vida;
- Reduzir no mínimo de um terço o fosso existente no acesso à habitação;
- Garantir que pelo menos 95 % dos ciganos têm acesso à água da torneira.
Para atingir estas metas, é fundamental os Estados-Membros levarem a cabo as políticas adequadas. A Comissão deu orientações aos Estados-Membros e estabeleceu uma lista de medidas a tomar para se avançar mais rapidamente no caminho da igualdade, inclusão e participação dos ciganos.
Estas orientações e medidas vão desde a criação de sistemas de apoio aos ciganos vítimas de discriminação, passando pela realização de campanhas de sensibilização nas escolas, pelo apoio à literacia financeira, pela promoção do emprego dos ciganos nas instituições públicas e pela melhoria do acesso a exames médicos de qualidade, à despistagem e ao planeamento familiar para as mulheres ciganas.
Fonte: CE/MC