A partir de outubro e durante 18 meses, uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) vai dedicar-se ao projeto de investigação FoRES – Desenvolvimento da Resiliência da Florestas aos incêndios, num cenário de alterações climáticas.
Este projeto tem como objetivo a diminuição do potencial de propagação de incêndios florestais e é financiado pelo Programa Ambiente dos EEA Grants – Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2014-2021 que contribui para a prossecução das prioridades da Política do Ambiente em Portugal: transição para uma economia circular, resiliente e neutra em carbono e valorização do território.
O FoRES destina-se a testar diferentes estratégias de gestão florestal para determinar qual delas maximiza a resiliência das áreas florestais à propagação de incêndios florestais, capacidade de sequestro de CO2 e retenção da humidade do solo.
A zona de estudo será a Zona de Intervenção Florestal da Lombada, no município de Bragança, com 650 hectares, que faz parte da rede de Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP).
O FoRES também contribuirá para mitigar a degradação do solo e a desertificação em áreas queimadas, investigando o risco de degradação do solo em cenários de clima e uso do solo futuros, com foco especial na severidade do incêndio, resiliência da vegetação/solo e erosão pós-incêndio, incluindo medidas de estabilização de emergência.
O QUE SÃO OS EEA GRANTS
Através do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu (EEE), a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega são parceiros no mercado interno com os Estados-Membros da União Europeia.
Como forma de promover um contínuo e equilibrado reforço das relações económicas e comerciais, as partes do Acordo do EEE estabeleceram um Mecanismo Financeiro plurianual, conhecido como EEA Grants.
Os EEA Grants têm como objetivo reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa e reforçar as relações bilaterais entre estes três países e os países beneficiários.
Para o período 2014-2021, foi acordada uma contribuição total de 2,8 mil milhões de euros para 15 países beneficiários, sendo que Portugal beneficia de uma verba de 102,7 milhões de euros.
Fonte: UA/EEAGrants