A proteção e divulgação do património numa lógica enriquecedora que beneficie os cidadãos a longo prazo é o principal desafio da União Europeia neste Ano Europeu do Património Cultural.
Pretende-se promover iniciativas para envolver as pessoas na partilha e apreciação do rico património da Europa que, nos une através da nossa história e valores comuns; representa a riqueza e a diversidade das nossas tradições e reforça o sentimento de pertença a um espaço europeu comum.
Entre 2007 e 2013, a União Europeia investiu 4 000 M€ em projetos relacionados com o património para o desenvolvimento regional e rural. Calcula-se que, para o período 2014‑2020, este valor ascenda aos 6 000 M€, aos quais se acrescentam 100 M€ para investigação relacionada com o património cultural, ao abrigo do programa Horizonte 2020, sob a responsabilidade do Comissário europeu Carlos Moedas.
No contexto do Ano Europeu do Património Cultural, a Comissão Europeia em colaboração com o Conselho da Europa, a Unesco e outros parceiros, realiza assim um conjunto de iniciativas que se dividem em quatro princípios: envolvimento, sustentabilidade, proteção e inovação. Entre os projetos contam-se diversas atividades com escolas, investigação sobre soluções inovadoras para a reutilização de edifícios classificados como património ou a luta contra o tráfico ilícito de bens culturais.
Em simultâneo, estas medidas testemunham o compromisso da Comissão Europeia com este setor da economia. Atualmente, mais de 300 000 pessoas trabalham neste setor em toda a União Europeia e estima-se a existência de 7,8 milhões de postos de trabalho indiretamente relacionados com o património, seja interpretação, segurança ou turismo.
Segundo o Eurobarómetro especial 466, a população portuguesa destaca-se entre todos os Estados-Membros pelo valor que atribui ao património cultural para o próprio país:
- 84 % dos inquiridos defende que as autoridades públicas devem atribuir mais recursos ao património cultural da Europa;
- 93 % acredita que conteúdos sobre o património cultural devem pertencer aos programas escolares, uma via privilegiada de transmissão da cultura, tradição e história.
Mais informações disponíveis no website do Ano Europeu do Património Cultural – Portugal.
Fonte: CE