Decorreu hoje, 21 de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian, a Apresentação e a 1ª reunião do Conselho Consultivo para a conceção do Centro Nacional de Competências para a Inovação Social.
A criação de um Conselho Consultivo para a conceção do Centro Nacional de Competências para a Inovação Social surge no âmbito da iniciativa da Comissão Europeia para promover a criação de Centros Nacionais de Competências para a Inovação Social em cada um dos Estados Membros (EM) até 2023.
Para o efeito, lançou em 2020, um concurso para consórcios transnacionais com o objetivo de criarem, em parceria e com recursos especializados, estas estruturas nacionais destinadas a apoiar e dinamizar os ecossistemas de inovação social.
Este concurso foi lançado com base no reconhecimento da importância de “Mobilizar a sociedade civil, as organizações sociais e o setor privado, para, em conjunto com o setor público, experimentarem e desenvolveram novas respostas, novas soluções para os desafios sociais cada mais complexos”, referiu Filipe Almeida, Presidente da EMPIS – Estrutura de Missão Portugal Inovação Social.
Ao desafio lançado pela Comissão Europeia, “a candidatura de Portugal nasceu de um encontro de vontades, natural, entre a AD&C e a EMPIS, juntando desta forma o financiamento e a área de negócio, concorrendo ao concurso em consórcio”, de acordo com Patrícia Borges, Vogal da AD&C – Agência para o Desenvolvimento e Coesão.
A candidatura apresentada culminou hoje nesta apresentação pública e primeira reunião do Conselho Consultivo do Centro Nacional de Competências para a Inovação Social.
Esta iniciativa, que terá presidência partilhada pela AD&C – Agência para o Desenvolvimento e Coesão e pela EMPIS – Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, pretende dar continuidade à experiência da Portugal Inovação Social.
A coordenação do Conselho Consultivo é assegurada pela Fundação Calouste Gulbenkian, considerando a sua experiência no ecossistema de inovação e investimento social em Portugal, e enquanto parceira associada do consórcio.
O trabalho desenvolvido resultará na criação de um Centro Nacional de Competências para a Inovação Social, que desenvolva e apoie a comunidade nacional de inovadores sociais, através de produção de conhecimento, capacitação do ecossistema e promoção de aprendizagem mútua.
Para lá chegar, o consórcio compromete-se com o desenvolvimento e implementação de oito atividades:
- 5 Observatórios Regionais (Norte | Centro | AML | Alentejo | Algarve)
- Programa de capacitação transnacional;
- Programa de capacitação nacional
- Aldeia da Inovação Social (2.ª edição)
- Pacto para o Impacto (sector privado)
- Academia de Resultados (setor público)
- Guia prático FSE+ (sobre fundos comunitários para apoiar a inovação social)
- Estratégia e plano de ação para apoiar a inovação social (período de 2021-2027)
A iniciativa conta como parceiros associados, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Universidade Católica de Lisboa, o Banco Montepio e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Os membros do Conselho Consultivo estarão divididos em três grupos de trabalho:
Grupo 1 – Dinamizar a inovação social e o empreendedorismo de impacto: novos instrumentos de financiamento público na área da inovação social
Grupo 2 – Acelerar o envolvimento do setor público no investimento de impacto: contratualização e desenho de serviços com foco em resultados;
Grupo 3 – Encorajar o setor privado a considerar o impacto social e ambiental nas suas cadeias de valor e áreas de negócio
Na timeline de trabalhos está prevista a publicação, no segundo semestre de 2021, da Estratégia Nacional para o Investimento e Inovação Social 2021-2027.
A primeira reunião do Conselho Consultivo, foi, nas palavras do Secretário de Estado do Planeamento, Ricardo Pinheiro, “profícua e um bom ponto de partida para o desenvolvimento da estratégia, de trabalho, dinâmica, assertiva também, agregadora e colaborativa entre as diferentes entidades sociais, empresariais, académicas e públicas”, num contexto em que as “potencialidades de os projetos de inovação social, enquanto contributo para a criação de valor social numa comunidade são estruturantes.”
Identificar e dar resposta a necessidades não atendidas ou inadequadamente atendidas na sociedade, através da implementação de ideias inovadoras e soluções disruptivas que sejam efetivas e positivas, é o grande objetivo da Inovação Social, que ganha assim uma nova dimensão com a criação do Centro Nacional de Competências para a Inovação Social.
Fonte: AD&C